
Com uma impressão irrepreensível, com uma dimensão adequada e com um suporte muito bem escolhido, papel de aguarela espesso que nos lembra o gesso dos moldes, o autor oferece-nos uma excelente distribuição no espaço, jogando com a arquitectura do local numa dualidade de presença/ausência de imagem, mostrando-nos a importância de uma montagem cuidada e pensada para aquelas imagens. A ideia da colocação das imagens directamente sobre a parede é interessante porque a textura se confunde com a parede. No entanto o resultado final fica prejudicado sob o ponto de vista do visitante, onde num dia de calor se levantam e encaracolam as pontas de algumas imagens. É verdade que o ambiente criado pelas imagens não suporta uma moldura, mas há outras opções que não o papel directo sobre a parede, ainda que seja uma moda muito em voga nos últimos tempos. No entanto trata-se de uma excelente exposição que vivamente aconselhamos, ou não fosse mais um trabalho de Jorge Molder. Por último uma palavra para o catálogo que acompanha a exposição, ao preço simbólico de 1 euro, onde se destaca um excelente texto do que é e de como se faz (pensa) a fotografia.
é uma das exposições que vale a pena ver em lisboa
ResponderEliminarConcordo, o sentimento que parece extravazar das imagens é de uma grande tristeza.
ResponderEliminarNão deixa de ser curioso (ou não), o facto de ser um tema eternamente actual...