
Aqui, pretendia-se sublinhar a relação dos espaços com a leitura, mostrando o cruzamento do livro com os locais onde pode ser lido. Nada melhor que uma livraria, só que as imagens, dispersas ao longo da livraria, escondidas nos espaços livres entre as estantes, de pequena dimensão quando comparadas com estas, perdem-se e assumem um aspecto meramente decorativo ao ocupar os exíguos espaços livres. É pena que uma exposição se torne um acessório de outra actividade, diminuindo-se a si e à autora, que não o merece. As imagens surgem-nos abruptamente, ao virar da esquina de cada estante, sem nexo ou linha condutora. Este ar disperso das imagens é sublinhado pelo aspecto caótico do espaço, sobreocupado, que podendo ser uma atitude interessante para uma livraria, não o é para se mostrarem imagens. Ainda que correndo o risco de alguma monotonia formal, devido a uma abordagem repetitiva, a verdade é que haveria outras soluções que poderiam integrar as imagens no espaço e na sua função, eventualmente mais criativas e mais trabalhosas.
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