terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Grande Prémio EDP

Criado em 2000, o Grande Prémio EDP é uma iniciativa trienal da Fundação EDP e distingue artistas plásticos portugueses, com uma carreira historicamente significativa, desenvolvida em Portugal ou no estrangeiro e cujo trabalho tenha contribuído para afirmar tendências estéticas contemporâneas. Nos seus 10 anos de percurso, o Grande Prémio EDP já distinguiu grandes nomes da arte contemporânea nacional como Lourdes Castro (2000), Mário Cesariny (2002) , Álvaro Lapa (2004) e Eduardo Batarda (2007). Com um valor de 35 mil euros, este é o mais significativo prémio atribuído em Portugal às artes plásticas. A par do valor pecuniário, a Fundação EDP organizará uma exposição retrospectiva da obra do artista premiado.

Jorge Molder foi o vencedor da edição deste ano, que assinalou o 10º aniversário da criação deste prémio. Molder foi escolhido por unanimidade por um júri presidido por António Mexia, presidente do conselho de administração executivo do grupo EDP e presidente da Fundação EDP. Integraram o painel de jurados António Franco (director do MEIAC - Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, de Badajoz), António Gomes Pinho (presidente do conselho de fundadores da Fundação de Serralves e professor universitário), Eduardo Lourenço (ensaísta e crítico de arte), Jean-François Chougnet (director do Museu Colecção Berardo e curador), Jorge Silva Melo (encenador, cineasta, director artístico dos Artistas Unidos) e João Pinharanda (consultor para as Artes da Fundação EDP).

“Uma escolha por unanimidade fundamentada na trajectória consistente e arejada de Jorge Molder e na sua perspectiva aberta ao futuro”, foram as palavras de António Mexia.

Destacado nome da fotografia portuguesa contemporânea com obra vasta e de grande projecção internacional, Jorge Molder trabalha, desde o final dos anos 70, a representação teatral de espaços vazios ou habitados por personagens elas mesmas em coreografias teatrais. Mas é no âmbito obsessivo da auto-representação que se tem destacado nos últimos anos. Usando o seu corpo como modelo (rosto, tronco, mãos) não é, porém, no sentido de uma pesquisa do auto-retrato que o seu trabalho se desenvolve. Cada uma das imagens que de si mesmo regista é ainda (ou de novo) imagem de uma máscara, ou seja, mais uma vez, de uma personagem teatral.

Em mais de 30 anos de carreira, Jorge Molder conta com mais de cinco dezenas de exposições individuais, em Portugal e no estrangeiro (Madrid, Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Nova, Iorque, etc) tendo participado em mais de uma centena de exposições colectivas. O seu trabalho está hoje representando em inúmeras colecções relevantes, como a do Art Institute of Chicago, Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Maison Européene de la Photographie e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, entre outras.

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