
É uma excelente exposição, mostrando o que de melhor existe nos museus madeirenses, quer em arte sacra, quer em pintura ou mobiliário e, claro está, em fotografia. Bem concebida, sob o ponto de vista da arquitectura do espaço, exemplar no plano informativo e do rigor histórico, é igualmente uma exposição sedutora na parte destinada à fotografia, representada pelas duas grandes famílias de fotógrafos madeirenses, os Vicentes e os Perestrellos, além de outros como João Francisco Camacho ou René Masset. Para além das imagens presentes constituírem um excelente retrato social e cultural da Madeira de finais do século XIX e inícios do século XX, trata-se também de uma prestação exemplar da Photographia-Museu Vicentes, demonstrativo de como um museu de fotografia se pode integrar numa iniciativa mais vasta na sua dimensão e artísticamente abrangente. Juntemos a isto a qualidade das reproduções, a dimensão adequada das imagens, o cuidado com a legendagem e até uma forma expositiva que, destacando-se do resto da exposição, não deixa de se harmonizar com ela.
Por fim uma palavra para o excelente catálogo publicado, onde no caso particular da fotografia, não é esquecido o papel artístico dos fotógrafos presentes, existindo igualmente uma pequena biografia de alguns deles. Esta exposição deixa em aberto uma outra questão:- para quando uma exposição, em Lisboa, num local nobre, da História e dos fotógrafos da Madeira?
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