quinta-feira, 24 de março de 2011

Douro Natural

exposições crítica

Até 31 de março pode ver na esração de metro da Baixa-Chiado, em Lisboa, Douro Natural de José Miguel Ferreira. Trata-se de uma exposição que, segundo o autor, visa mostrar “um outro rosto da região, evidenciando um território menos conhecido, mas diverso e plural e que está para além da paisagem vinhateira, contribuindo para o reforço da sua função turística e identitária”.

A exposição é composta por 23 fotografias de grande formato e 7 réplicas de marcos pombalinos em granito. As imagens, reproduções digitais sobre vinil, alegram o espaço humanizando-o e colocando o público em contacto com a arte. É de louvar o apoio à iniciativa por parte do Metropolitano de Lisboa, e deveria ser repetida, mas com mais cuidado na sua execução. É pena que a iluminação esteja desligada numa parte da exposição. Para quem passa por ali, desde a inauguração, nota um crescente abandono/desinteresse. O impedimento de iluminar as imagens com a instalação existente não impede, à falta dessa, que se coloque outra de caráter provisório. Mais, a segurança, deve ser extensível a toda a zona de exposição, o que evitaria a vandalização de algumas das imagens.

Quanto à exposição em si há que destacar a escala adequada em que foi efectuada, podendo, em alguns, casos as dimensões até serem maiores. Excelente a impressão sobre vinil, sendo reproduções a partir de platinotipia. Menos bom o aspeto artificial dos bordos, que poderiam manter as características do original em platinotipia e algumas uniões menos bem conseguidas. Há que destacar o lado calmo e contemplativo das imagens, denotanto uma linha comum onde também impera a delicadeza e a harmonia.

Para aqueles que não passam na Baixa-Chiado sempre podem ver o projeto em www.douronatural.com/

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