segunda-feira, 2 de maio de 2011

Manuela Marques ao Ípsilon

noticiário

Destacamos aqui parte de uma interessante entrevista publicada hoje no ípsilon, da autoria de José Marmeleira, sob o título “para Manuela Marques, o real é um saco vazio”. Através dela se pode compreender mais um pouco do trabalho de Manuela Marques, vencedora da edição do Prémio BESPhoto 2011.

“ (…) Olhando para algumas das fotografias de BESPhoto 2011, no Museu Berardo, e para a exposição "Temporada", na Appleton Recess, em Lisboa, com o comissariado de João Silvério, é difícil não pensar no cinema. Não apenas por causa da relação campo contracampo ou da apresentação sequencial de algumas imagens, mas também pelo que o real captado pela objectiva vai revelando e pela intensidade das composições. Lançamos os nomes de Robert Bresson e David Lynch: "[O Bresson] foi muito importante para a minha educação visual", responde Manuela. "Cada plano é uma obra poética, de uma aparente simplicidade visual. E tem uma profundidade e uma força incríveis. O Lynch é para mim fundamental, pela forma como cria rupturas ou ligações entre mundos que funcionam simultaneamente ou paralelamente na mesma sequência". Aos cineastas poderíamos juntar um fotógrafo como Jeff Wall. "Formalmente o meu trabalho é muito diferente, mas creio que temos abordagens análogas, pois ambos colocamos a questão: 'O que estamos a ver?'". A artista descobre a mesma dúvida sobre a representação do mundo nas telas de El Greco, enquanto em Edward Hopper e no renascentista alemão Lucas Cranach encontra, respectivamente, momentos que podiam ser fotográficos e modelos ou formatos de um género pictórico (…) “

Pode ver a entrevista completa em ipsilon.publico.pt/artes/texto.aspx?id=283024

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